terça-feira, 25 de julho de 2017

O Saco Azul de Victor Hugo Salgado

Caros amigos, o termo "Saco Azul" não teve sempre a conotação tão negativa que hoje lhe é atribuída, mas a verdade é que hoje em dia pensamos logo em contabilidade paralela, logo ilícita...
Após uma rápida consulta no Google, descobri que, segundo o Grande Dicionário da Língua Portuguesa de António de morais Silva, de 1945, "Saco Azul" era a designação dada ao conjunto de importâncias provenientes de receitas eventuais, sem designação oficial, de onde saíam verbas para despesas não previstas, em certos serviços públicos. Como as verbas atribuídas pelo Estado tinham uma grande rigidez de aplicação em rubricas específicas, a sua existência permitia, por vezes, agilizar o sistema.
Posteriormente, não só em organismos oficiais, como sobretudo na escrita de firmas e empresas particulares, o termo ganhou conotação de dinheiros ilícitos, ou porque eram provenientes de corrupção ou porque, mesmo não sendo daí provenientes, não eram registados de forma lícita e apenas um número restrito de pessoas sabia o seu montante ou proveniência, não sendo, pois, declarados para quaisquer fins oficiais, nomeadamente os impostos. O seu registo interno, para quem a ele tinha acesso, também era conhecido como Contabilidade Paralela...
Nem quero pensar que o Dr. Victor Hugo Salgado (em como quem está a abrir tão fortemente os cordões às bolsas para o tentar colocar no poder) tem ideia de gerir a Câmara de todos nós com recurso a "malabarismos financeiros" mas, se o fizer, depois não venham dizer que ele não está a ser transparente...

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