quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Assembleia Municipal de 22 de Dezembro

Caríssimos amigos que têm a bondade de ler o que este Vizelense escreve, é com alegria que vos transmito a minha opinião, fundamentada com a minha observação "in loco", do que se passou na última sessão da Assembleia Municipal de Vizela do presente ano.
De facto esta sessão foi muito mais interessante do que se poderia prever inicialmente pois foi alegrada com alguns momentos de politica fina e raramente vistas pela nossa terra.
O primeiro momento de algum interesse foi quando Francisco Ribeiro fez a sua primeira intervenção, salientando o incumprimento de uma das funções de João Cocharra, que admitiu a sua falha. De facto não havia ainda informado a assembleia de freguesia de Santa Eulália da falta do Sr. Meireles à ultima sessão deste órgão, conforme é sua obrigação.
De seguida houve nova intervenção de Francisco Ribeiro, propondo alterações às actas que se encontravam em discussão (todas elas aceites) e apresentou um requerimento para que as intervenções lidas passassem a ser anexadas às actas. Estranhamente, o líder socialista declinou resolver este assunto com prontidão e pediu que fosse adiada para a próxima sessão. Do que é que João Polery tem medo?
Passou-se, depois ao período de intervenção politica dos deputados.
Começou João Paulo Monteiro (Bloco) com muitas acusações ao Executivo, mas demasiado nervoso e agressivo.
Seguiu-se Júlio Costa (Coligação) com um texto sobre o FCVizela, afirmando que a sua bancada está do lado do clube, mas dentro de alguns valores morais que considera terem sido transpostos.
Depois houve lugar a um dos momentos mais pobres da noite, Joaquim Ferreira (PS) usou da palavra para relembrar aos presentes que o PSD votou contra a criação do Concelho de Vizela (à quase 12 anos!!!) e para criticar alguns dos membros da Coligação.
Segui-se Cidália Cunha (Coligação), com um intervenção sobre as Termas e reforçando a preocupação da Coligação com esta temática.
Tomou a palavra Francisco Ribeiro, líder da bancada da Coligação (e bem) para relembrar que os membros do PSD de Vizela são os primeiros a se sentir lesados pela incorrecta votação aquando da criação do Concelho de Vizela e para relembrar aos presentes que este assunto já não interfere nas posições actuais do partido. Continuou a usar da palavra para afirmar que a Coligação Por Vizela era o fruto de um movimento supra-partidário e que reunia todas as pessoas de bem que se quiseram unir em torno da mesma causa, os interesses de Vizela e dos Vizelenses.
Seguiu-se João Polery (PS), que teceu alguns comentários de ocasião e relembrou os resultados eleitorais de há 3 meses...
Por fim, António Cardoso (Coligação), usou da palavra para dar voz à preocupação crescente do estado da VIM e pediu mais acção ao Executivo.
A seguir houve lugar à aprovação do Regimento Interno da Assembleia, tendo-se registado uma abstenção, de Armindo Faria, do PS. Este deputado afirmou que o sentido do seu voto era devido a não ter podido consultar o documento atempadamente.
Tomou da palavra Francisco Ribeiro (mais uma vez muitíssimo bem) para criticar o modo de actuação do Grupo Municipal do PS, afirmando que no seio do seu Grupo o documento havia sido estudado por todos, num processo plural e transparente. Deu, ainda, os parabéns pela tomada de posição ao deputado abstencionista.
Seguiu-se o período para que fossem colocadas questões ao Executivo Camarário.
Houveram várias questões colocadas e muitas delas ficaram sem resposta, denotando alguma má vontade do Presidente da Câmara em informar os deputados.
Deixo, por fim, a minha opinião, concisa, sobre a prestação dos deputados e membros do Executivo que assumiram algum protagonismo nesta sessão:
- Joaquim Ferreira, movido a águas passadas. Mais valia estar calado;
- João Polery, muito falador, nervoso, incomodado com alguma instabilidade e pouco produtivo;
- Dinis Costa, calmo e com medo de meter o pé na poça. Quando não sabia responder, mantinha o silêncio recusando-se;
- Alberto Machado, duro e sem meias palavras, mas arrogante;
- João Monteiro, demasiado nervoso e com pouca preparação. Tem que respeitar o local onde está;
- Cidália Cunha, acutilante mas com falta de desenvoltura;
- Júlio Costa e António Cardoso, bom discurso e com convicção;
- José Abreu, pleno de razão, mas demasiado longo e pouco objectivo;
- Francisco Ribeiro, com postura de líder, calmo, acutilante, atento e com bom sentido de intervenção (atempadamente e incivas).

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